Habitualmente, nas diferentes modalidades, os momentos decisivos estão reservados para a parte final de cada temporada.
Em 2024, Guilherme Ribeiro vai vivenciar o contrário. Decisões importantes vão ter lugar já nestes meses iniciais da campanha, onde vão estar em jogo as qualificações para os Jogos Olímpicos de Paris'2024 e o circuito Challenger Series, que possibilita o acesso ao CT.
Na apresentação do calendário da 14ª edição da Liga MEO Surf , o campeão nacional Open em 2022 esteve um pouco à conversa com o MEO Beachcam, tendo abordado os estimulantes desafios que terá pela frente já nas próximas semanas.
O início da temporada está perto. Que objetivos tens traçados para 2024?
É um ano novo em que os objetivos acabam por ser diferentes daqueles que tive no ano passado. Sinto que os meses de fevereiro e março podem mudar completamente a minha vida, com a qualificação para os Jogos Olímpicos de Paris'2024 e a Challenger Series. São os meus maiores objetivos. É engraçado ver que há dois anos estes eram objetivos que nem sequer estavam na minha cabeça. Fico mesmo feliz pelo facto de que os meus objetivos estão a crescer cada vez mais e têm maior responsabilidade.
Estamos às portas do decisivo Mundial ISA de Porto Rico. Tiveste a oportunidade de conhecer as ondas em que vai decorrer a prova?
O ano passado sabia que o Mundial ISA ia acontecer em Porto Rico. Por isso, preparei-me da melhor forma. Acabei mesmo por ir a Porto Rico para conhecer as ondas. Estive naquele país durante 10 dias. Conheci as ondas de uma ponta à outra. Acho que acabo por ir em vantagem em relação aos surfistas que não tiveram essa possibilidade. Sinto que quando lá chegar só vou estar focado em adaptar-me às condições, como a água mais quente e o clima, e não às ondas. Isso já conheço. Sinto que é mais do que possível a qualificação.
ISA/Sean Evans
Tendo em conta os treinos que fizeste, consideras que são ondas que assentam bem ao teu surf?
Prefiro ir para a direita, mas o meu surf de backside tem evoluído imenso nestes dois últimos anos. Em Porto Rico, maioritariamente as ondas são esquerdas. Por isso, estou também a evoluir mais nas manobras aéreas. Acho que é uma onda que se adequa bastante ao que tenho trabalhado. É o mais importante na minha opinião.
Esta é também uma nova oportunidade para competir com alguns nomes do CT. Como olhas para isso?
Sou um surfista que gosta de elevar o nível nesse tipo de baterias, quando defronto surfistas que têm um nível superior ao meu. Essa é a realidade. Os surfistas do CT têm mais experiência do que eu. Porém, se tiver a oportunidade de encostar às cordas esses surfistas, vou encostar.
Jorge Matreno/ANSurfistas
Ao nível do QS regional europeu, a etapa de Marrocos foi cancelada. Sentes que o sucedido aumenta a pressão para o evento final na Caparica?
As duas etapas estavam na minha cabeça porque tinha dois resultados para descartar. Desta forma, apenas vou conseguir descartar um resultado. No entanto, já tive a fazer as contas e todos os cenários. Nada muda. Preciso de um bom resultado na Costa. Só a passagem de uma bateria pode ser suficiente, mas não é só isso que procuro. Estou em casa e quero dar o máximo para fazer o meu melhor resultado de sempre em casa.
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